30 dezembro 2005

Balanços

E neste ano de 2005 que termina amanhã:

Gostei...
... do meu gato
... do meu mano
... de reencontrar alguém muito especial
... da amizade especial que desenvolvi com a minha mãe
... do novo livro do Harry Potter
... de dar as boas vindas ao mundo à Ritinha, à Teresinha e à Lia
... de ir enchendo a minha casa
... dos Amigos, sempre perto
... de chá
... de ter marcado férias repartidas

Não gostei...
... de começar o ano sozinha e triste
... de chorar tantas vezes
... dos preços a subir
... do Benfica campeão
... de ter o coração partido
... de não ter viajado
... dos incêndios e da seca
... do novo James Bond
... de engordar
... de estar a terminar o ano doente

Com certeza há muito mais "Gostei" e "Não gostei", mas estes são assim de repente os que me lembro agora. As resoluções de ano novo serão aqui postadas para a eternidade no dia 1. Assim podem massacrar-me se não as cumprir!!

28 dezembro 2005

The Corpse Bride


"... and by a grave missunderstanding..."

Mais uma vez sou deslumbrada por um filme do Tim Burton. O ambiente que só ele sabe imprimir está mais uma vez magistralmente conseguido neste magnífico filme.

Lindo, lindo, lindo. Sinistro? Talvez... mas ainda assim LINDO!
A não perder no cinema e a guardar o DVD mesmo ao lado do Nightmare before Christmas.



27 dezembro 2005

Back to work

E lá se foram a férias, juntamente com o Natal. Este ano o Natal passou-me um tudo nada ao lado, nem parecia que estava a acontecer.
Aqui no trabalho tudo a meio gás... muita gente de férias, esta semana é mais curta já que ontem não se trabalhou. Mas eu gosto assim. Regressar devagarinho, sem ter que entrar de repente no turbilhão habitual.

Esta semana é tempo de balanços do ano. O que fiz bem, o que fiz e não devia ter feito, o que não fiz e devia ter feito... enfim, balanços.
Prometo registar aqui as conclusões!

19 dezembro 2005

Férias

Hoje acordei tarde, devagarinho... abri a persiana com olhos entreabertos e deixei o sol banhar o meu quarto. O meu gato estava à janela, deliciado com aquele sol maravilhoso. E eu fui acordando com o sol na cara, a fazer-me cócegas.
Levantei-me, tomei o pequeno almoço e depois de passar um bom bocado nas tropelias do Ónix, vesti-me e saí. Que frio, brrrrrr! Mas eu estava bem quentinha e preparada para o frio.
Fui até à estação de metro e segui até à baixa. Adoro passear na baixa do Porto nestes dias antes do Natal! E adoro o metro, que me deixa suavemente no coração da cidade, sem me preocupar com estacionamento e trânsito.
Fui comprar um colar cervical - uma nota que me lembra de algo menos positivo, mas que não me demove da alegria que sinto hoje - e passear.
Depois foi tempo de ir ter com o meu mano, não sem antes ter retemperado forças com uma belíssima chávena de chá.
Almoçar com o meu mano sabe sempre bem, especialmente se for seguido de um longo passeio, como hoje.
De volta à estação de metro, de volta ao meu carro, e fui tratar de outro assunto muitas vezes adiado: fui à piscina municipal inscrever-me na natação. E um sinal, divino ou terreno, a última vaga do único horário que eu podia frequentar ficou para mim!
Regressada a casa fiz uma faxina profunda, a rir-me às lágrimas com a persguição que o Ónix faz à esfregona. Depois vesti roupa de caminhar e saí ao frio para uma caminhada vigorosa que durou uma hora.
Ah, que bem sabe um banho quente depois de exercício ao frio!
E que bem sabe relaxar um bocadinho depois disso tudo.

Jantar e cama.

Que belo dia de férias!

18 dezembro 2005

Amigos

Esta é a quadra da família.
Não desmerecendo a minha família, cujos membros mais próximos adoro, eu prefiro pensar que esta é a quadra dos Amigos.
Alguém disse que os amigos são a família que nós escolhemos. E tem razão.
Este fim de semana foi cheio de eventos "de Natal", incluindo a festa da empresa. Mas o mais importante foram dois almoços de Natal com amigos.
Que bom é sentirmo-nos assim, rodeados de pessoas de quem gostamos genuinamente. Que nos conhecem e gostam de nós apesar das falhas, dos defeitos. Com quem trocamos prendas não por obrigação, mas porque realmente sabe bem.
Hoje termino o dia mais feliz, porque estive com os meus amigos. Porque partilhamos mais momentos e temos mais recordações para guardar.

Obrigada

16 dezembro 2005

Soneto singelo

Menina traquina, de olhar liberdade
Que corre, que salta
A quem nada faz falta
A não ser amizade

Menina risonha, de olhar trigueiro
Que abraça, que beija
Que sem saber deseja
Encontrar companheiro

Cresce menina, sê mulher
Que sabe o que quer
Que busca calor

Cresce menina, deixa a infância
Percorre a distância
Encontra Amor

14 dezembro 2005

Estou doente...

...e faz-me um bocadinho de falta o colinho da minha mamã...

12 dezembro 2005

Cultura Pop


"Should I bolt every time I get that feeling in my gut when I meet someone new?
Well, I've been listening to my gut since I was 14 years old, and frankly speaking, I've come to the conclusion that my guts have shit for brains."
Rob, High Fidelity

Glühwein und Weihnachtsmarkt


O frio da manhã trouxe-me a memória de dias como este passados na Alemanha. As semanas que precedem o Natal na Alemanha são como voltar atrás no tempo.
As cidades, todas, vestem-se de Natal.
No centro da cidade, normalmente na praça da catedral ou igreja, nasce o Mercado de Natal, ou Weihnachtsmarkt. Este mercado é um conjunto de casinhas de madeira, que são lojas. Onde se vendem coisas maravilhosas e completamente diferentes do Natal de plástico que vamos assistindo no resto do mundo.

Desde doces tradicionais, bolinhos de gengibre, maçãs caramelizadas, chocolates; até uma miríade de enfeites de Natal

artesanais e com um aspecto divinal; passando por salsichas, claro, e pão escuro. E o melhor de tudo, o cheiro inconfundível de Glühwein, que cobre a cidade toda.
Acho que não conheço nada tão reconfortante como uma caneca daquele vinho quente com especiarias num fim de tarde frio, rodeados de Natal por todos os lados.

Nunca experimentaram? Então vão assim que possam. Garanto que é inesquecível!

11 dezembro 2005

Hoje

Hoje queria colo.
Hoje apetecia-me passar o dia com alguém que eu amasse e me amasse de volta.
Hoje queria partilhar sorrisos, gargalhadas.
Hoje queria despertar, adormecer e voltar a despertar com a alegria serena de um coração cheio de amor.

Hoje... não será hoje.

10 dezembro 2005

Receber

Herdei dos meus pais o gosto por receber. "Receber" no sentido de ter amigos em casa, para almoçar, lanchar, jantar... seja o que for. Dá-me um prazer especial tratar de tudo para que as pessoas se sintam bem em minha casa, gostem da comida que lhes apresento e dos pormenores com que tento mostrar-lhes que são especiais.

Hoje tive cá 11 amigos do trabalho. Cozinhei desde ontem, fiz entradas, dois pratos, sobremesas... e foi óptimo!
Senti-me bem, adoro ter a casa cheia de gente a comer bem, a rir, a estar confortável.
E adoro saber que um almoço acaba às 6 da tarde.

Obrigada, amigos, por terem vindo!

06 dezembro 2005

Parece que sou assim






YELLOW



You are very perceptive and smart. You are clear and to the point and have a great sense of humor. You are always learning and searching for understanding.




Find out your color at Quiz Me!




e ainda


discover what candy you are @ quiz me


É muito óbvio que não me apetece trabalhar?

Fernando Pessoa

Único, maravilhoso...

O que há em mim é sobretudo cansaço.

Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

02 dezembro 2005

Mãe Natal

Resolvi fazer de conta que sou a Mãe Natal e escolher prendas para quem gosto.
Hoje temos três exemplos, aguardem pelos próximos.


Para a N. Porque sei que detestas o frio, férias sempre que te apetecer neste paraíso quentinho.

Para o C. Porque sim. Porque gosto de ti.


Para o meu mano. Pura e simplesmente TUDO. Life, the universe and everything.

29 novembro 2005

Porto



O Porto é uma cidade mágica.

Muitos dizem que é suja, cinzenta... mas não. A cidade esconde-se de quem não a merece ver, apreciar. Quando viajo deixa-me saudades, quando regresso abraça-me na sua beleza dura, no seu encanto eterno.

Olhar o Porto é perder-me na história, na raça, na força que representa. E o meu coração salta um batimento de cada vez que sinto a energia desta cidade linda, linda...

Sou uma portuense apaixonada pelo seu Porto. E é uma paixão para a vida!



25 novembro 2005

Aconchegos

O colo da mamã

O meu sofá com uma manta quentinha

A minha cama

O ronronar do meu gato

A mão do papá na minha nuca

Pantufas, de todas as cores e feitios

Uma caneca de chá bem quente

Um abraço do meu irmão

Uma gargalhada da minha amiga mais querida

O sol de inverno numa esplanada abrigada

Tu.


24 novembro 2005

Cheiros deliciosos

De lápis de cera

De mar

De café

De torradas

De cebola a frigir em azeite

De bebé

De maçãs a amadurecer na casa da aldeia

De figueiras

De fumeiro

De praia

De livros novos

De bolo quente

De terra molhada pela chuva

De ti.


21 novembro 2005

Do avesso

Acordo à hora do costume… 6 e meia. Só que hoje me parece meia noite porque dormi pouco e mal. Não consigo por as lentes, obviamente. Café, muito, senão adormeço ao volante. Fico enjoada, já não estou habituada a café de manhãzinha. Viagem chata, com chuva, frio, e a rádio não ajuda nada. No trabalho nada funciona. Não posso trabalhar porque o servidor, coitadinho, deve estar de greve. O dia arrasta-se e só ainda está a meio. E eu com tanto que fazer. Cinzenta, mal disposta, triste. É o tempo, cinzento, mal disposto, triste. E nunca mais são 6 horas...

18 novembro 2005

Memórias

Quando era pequenina tinha uma manta. Era vermelha, com uma fita de seda azul escuro a debruar. Quentinha. Andava comigo para todo o lado, não adormecia sem ser debaixo da minha manta. Mesmo que estivessem 40º. Era o meu escudo... e além disso aprendi a passar o interior do dedo anelar pela fita de seda, devagarinho. Àquela sensação de cócegas eu chamava “riscar”.

Às vezes tenho saudades da manta. Tenho saudades de riscar. Era o meu mundinho seguro e eu dormia tão bem!

17 novembro 2005

Wishlist


Lista de desejos... pode ser que alguém se inspire... hihihi

- Mobília de sala de jantar
- Mary Janes novas
- Tijelas coloridas
- Meias de riscas
- Ida ao cinema ver o novo Harry Potter
- Candeeiro para a cozinha
- Monitor novo
- Manta grande e quentinha para tere no sofá
- Rolo da massa
- Um jantar a dois (esta é só para uma pessoa)

16 novembro 2005

Pensamento do dia

Os papagaios de papel sobem contra o vento, não a favor.

11 novembro 2005

Mental note


Reforçar o stock de meias às riscas e comprar umas Mary Jane's novas. Porque gosto.

09 novembro 2005

O Batô

No Sábado passado fui ao Batô. Casa mítica, velhinha, quase imutável desde que me lembro de sair à noite.

Onde mais se pode ouvir Violent Femmes, The Smiths, Pearl Jam, The Cure, Nirvana... mas também Kaiser Chiefs, Chemical Brothers, Gorillaz? Pois, em sítio nenhum.

Só mesmo no velho e bom Batô.

Sou cliente há quase 14 anos, fui lá quando fiz 16 anos, fui lá no dia em que entrei para a faculdade, fui lá quando terminei a faculdade. Faz parte da minha história.

E eu faço também um bocadinho parte da história do barco. Se procurarem na página, até apareço numa foto!

Espero que continue a ser um lugar de quase peregrinação na minha vida.

08 novembro 2005

Dores de costas


E de repente um movimento normal faz disparar aquele raio. A perna prende, os pulmões perdem subitamente o ar. Dói.
A minha coluna dá sinal de si. Ao fim de 3 anos de tréguas, as malvadas vértebras da minha zona lombar resolveram mostrar-me que estão cá, estão tortas e querem atenção.

Dói.

07 novembro 2005

I wish


Era bom se fosse assim hoje, não era?

04 novembro 2005

Pai


Fins de tarde de Novembro.

A minha memória viaja mais de vinte anos, aos dias em que me ias buscar à aula de Inglês e esperávamos pelo meu mano. Sou transportada a um mar de sensações, de cores, de cheiros.

A minha mão pequenina na tua, sempre tão quentinha.

Os meus passos quase saltados para acompanhar os teus, calmos, em passeio.

Vestias-te sempre tão bem – ainda vestes – um fato, uma gravata sempre bonita.

E passeávamos na rua. Víamos os carros, as montras.

Cheiro de castanhas a assar, dos escapes dos automóveis, dos bolos e do pão quentinhos a sair na padaria da esquina.

E eu falava quase sem parar... e tu respondias sempre. Não tenho uma única memória de não teres paciência. Deve ter havido alguns momentos desses, não? Não foram importantes...

Era a menina do papá. Ainda sou. E vou ser sempre.

Obrigada

03 novembro 2005

Galochas


Hoje sabiam bem umas galochas. Para poder chapinhar à vontade lá fora.


Pronto, não serão as Colibri verdes com olhos de sapo. Mas são lindas. E não entra água!


02 novembro 2005

Cores

E quando de repente é tudo cor-de-rosa, ou amarelo, ou laranja?

E quando de repente o arco-iris toma conta de nós?

E se hoje fosse assim?


28 outubro 2005

Isto explica muita coisa



"Portugal lidera fuga de cérebros a nível europeu" - notícia do JN de hoje

O que explica os comportamentos idiotas cá do burgo - pelo menos alguns...

Irritações


Já chega. A sério.
Estou absolutamente farta da histeria colectiva com a gripe das aves. É ridículo... sinto-me capaz de matar a gritos o passarinho mais incauto que se atreva a espirrar perto de mim – esse ou a próxima pessoa que me perguntar se já tenho o medicamento não-sei-das-quantas ou se não acho que o governo devia tomar medidas. Pensando melhor, ao passarinho constipado acho que dizia “santinho” e oferecia um lenço.

Não, não acho que o governo deva tomar medidas para além do que já se está a fazer.
Não, não tenho o medicamento não-sei-das-quantas, nem pretendo ir a Espanha em excursão comprar por já estar esgotado aqui.

Que mania de sermos pequeninos, picuinhas, limitados – e desmemoriados. Ainda alguém se lembra da tragédia épica que ia ser a BSE? E dos nitrofuranos? E da água radioactiva? E do furacão Vince?
Será mesmo necessário andar toda a comunicação social a perguntar quantos milhares de pessoas vão morrer e porque é que o governo não faz nada?Já pensaram que provavelmente vai morrer mais gente na estrada este fim de semana prolongado do que de gripe das aves? E com é que o governo ainda não proibiu o trânsito automóvel?

27 outubro 2005

Para o meu irmão


És o maior.
Acredita quando te digo que não podia ter um irmão melhor que tu.
Se muitos dos meus dias maus foram suportáveis foi unicamente porque tu estavas lá, estás lá sempre.
Porque me entendes, porque me abraças, porque me confortas, porque me alegras, porque me levas a passear.
Mas também porque me fazes frente, porque me puxas as orelhas e me abres os olhos.
Quando imagino segurança e carinho penso em ti.
Somos irmãos. E vais ser sempre o maior.

Por isso, maninho, levanta o queixo, ergue-te bem alto, caminha com firmeza e segurança. Há poucos como tu.
E eu vou sempre, mas mesmo sempre, estar sempre aqui para ti.

26 outubro 2005

Maria

Sim, é verdade, ando a copiar indecentemente a sinapse... não tenho culpa que tenhas boas ideias, amiga!
Pronto, apresento-vos a Maria, que é cor-de-rosa. Têm que a procurar ali ao lado.

Formação


A grande onda da formação profissional atingiu a minha empresa, mais forte que um tsunami, mais devastadora que a gripe das aves, mais assustadora que a Godzilla. É verdade, fomos todos atingidos – embora uns mais que outros, como em qualquer catástrofe em condições.
A Lei (com maiúscula, pois claro) cita que temos que ter algo como 30 horas de formação por ano. Eu este ano já vou em 160.
Ah, já vos disse que não são cumulativas, não já?
Pois claro, se desse para acumular e limpar já de uma assentada essa chatice por 5 anos, eu até percebia a estratégia... assim, não sei. Confunde-me. E especialmente confunde a minha sanidade mental, já que passo nesta fábrica cerca de 13 horas por dia, 3 dias por semana, mais sábados de manhã – e as 9 horas costumeiras nos outros 2 diazitos que sobram.
O que me vai valendo é que aqui o pessoal é religioso, senão cheira-me que íamos ter formação ao Domingo...e daí, qualquer dia temos catecismo... medo...

23 outubro 2005

Dúvidas

Que bater de coração é este?
Tão suave... será mesmo meu?
Onde está o desassossego?
Onde está a angústia de não estar junto?
Vai ser sempre assim doce?
Vai ser sempre assim bom?
Vais ser sempre como um porto seguro?
Queres ficar comigo assim, tão calmo, tão bom?

21 outubro 2005

A Raposa

fox.
You are the fox.


Saint Exupery's 'The Little Prince' Quiz.

A ideia fui buscá-la ao cantinho da minha amiga mais doce.



20 outubro 2005

Sonho


Acordei.
Devagarinho, porque estava embalada contigo num sonho bom.
Que sensação boa esta, que me faz passar o dia todo a sentir o teu toque, o teu cheiro, o teu calor.
Abraça-me e deixa-me sonhar contigo assim só mais um bocadinho.

Beijo.

18 outubro 2005

Motivações

A noite passada ligaram-me. Mas esta chamada foi diferente. Eram alguns dos funcionários da empresa onde trabalhei antes, meus ex-subordinados. Lembraram-se de mim, quiseram saber como estava e remataram dizendo que tinham muitas saudades minhas e que faço lá muita falta.
Isto de pessoas que normalmente seriam consideradas “em bruto”, para não dizer brutas. De pessoas a quem tive muitas vezes que chamar a atenção, a quem tive muitas vezes que exigir mais. E agora, mais de um ano depois, essas pessoas têm consideração suficiente por mim para gastarem um pouco do seu salário – que é curto – para me fazerem sorrir.Nenhum deles vai ler isto, mas fizeram-me ganhar o dia, a semana, o mês, o ano. Hoje, por causa deles, acordei realizada. Vim trabalhar com vontade de mostrar o meu melhor.Porque há quem reconheça. Porque vale a pena.

Obrigada.

14 outubro 2005

Dia perfeito


Ontem uma pessoa muito querida perguntava-me como seria o meu dia ideal. Respondi com excertos de dias já passados, misturados com um pouco de fantasia.
Hoje lembrei-me de uma música deliciosa, de um Senhor da música – sim, com “S” maiúsculo! – que espelha um pouco do sentimento do meu dia perfeito.


Just a perfect day,
Drink Sangria in the park,
And then later, when it gets dark,
We go home.
Just a perfect day,
Feed animals in the zoo
Then later, a movie, too,
And then home.
Oh it's such a perfect day,
I'm glad I spent it with you.
Oh such a perfect day,
You just keep me hanging on,
You just keep me hanging on.
Just a perfect day,
Problems all left alone,
Weekenders on our own.
It's such fun.
Just a perfect day,
You made me forget myself.
I thought I was someone else,
Someone good.
Oh it's such a perfect day,
I'm glad I spent it with you.
Oh such a perfect day,
You just keep me hanging on,
You just keep me hanging on.
You're going to reap just what you sow,
You're going to reap just what you sow,
You're going to reap just what you sow,
You're going to reap just what you sow...

Lou Reed

13 outubro 2005

Do tempo

O tempo é uma coisa estranha.
A razão diz-nos que ele é algo fixo, imutável, correndo imparável com a mesma cadência.

Que não o podemos parar, acelerar, esticar ou encolher.
Não criamos tempo, não saltamos tempo, não paramos o tempo.


Mas depois há pessoas que param o tempo durante um beijo e esticam o tempo de uma conversa. E de repente a razão perde-se no tempo. E de repente temos tempo para tudo e ao mesmo tempo o tempo não chega para matar saudades.


E há os outros... que nunca têm tempo. E que nunca vão ter o prazer de distorcer a razão do tempo – e criar regras novas.



Eu prefiro os primeiros, e vocês?

12 outubro 2005

Vontade de...

Hoje quero o meu sofá
A minha manta preferida
O meu gato no colo a ronronar
Um chá perfumado e quentinho
Um bolo de chocolate acabado de fazer
Ouvir a chuva lá fora
Sentir o vento que sopra
E suspirar no aconchego

11 outubro 2005

Tempestades

O furacão Vince não apareceu por cá. Dissipou-se no Atlântico, e só uns restinhos de chuva e vento nos atingiram.
Por aqui no trabalho o chefe deve ter resolvido colmatar essa ausência e está em pé de guerra... ou em pé de vento. Curiosamente o nome também começa por V. O que só vem provar que se o sol quando nasce, é para todos, as tempestades só nascem para alguns.
Alguém que me tire desta casa de loucos, sim?

10 outubro 2005

Passeios ao luar


De vez em quando somos surpreendidos pela alegria das coisas simples.
De um bom jantar a dois, de uma longa conversa que não se esgota, de um passeio na praia ao luar... ser feliz às vezes é isto: aproveitar os momentos genuinamente bons. E a companhia de quem vale a pena.

09 outubro 2005

Eleições

A confirmarem-se as primeiras projecções, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras e Isaltino Morais foram eleitos pelos seus pares com folgadas maiorias.
Vergonha.
Ocorrem-me mais uma data de palavras para avaliar este acontecimento, mas não serão porventura muito dignas.
Mas o que se passa com esta gente? O "POVO" mal apanha uma câmara da televisão a jeito desfia a ladaínha das desgraças, que inclui quase sempre um longo discorrer sobre "esses gatunos que só querem poleiro". E depois acorrem em massa às urnas para que os ditos não possam descer. Bem sei que supostamente estas pessoas não foram ainda condenadas, mas também tive o desprazer de viver em Gondomar e observar de perto as acções de um destes senhores. A outra fugiu, nem é preciso avaliar mais nada. E o do sul... bem, chamou a atenção para a vida glamourosa de um taxista.

Tenho pena de observar que os meus concidadãos têm pouca memória, pouco discernimento e gostam genuinamente de gente corrupta. Tenho vergonha.

E nem sequer comecei a falar do Rui Rio, porque ainda tremo em pensar em mais 4 anos de deserto no Porto.

06 outubro 2005

Férias

Pois é... tirei férias assim a meio do ano, sem motivo nenhum, sem ir para lado nenhum. Só o dolce fare niente que sabe tão bem! A semana está a ser passada a brincar com o gato, a ler horas a fio, a dormir sestas após o almoço, a passear com a minha mãe... enfim, todos os pequenos grandes prazeres que não se têm em semanas de trabalho.
"E não vais para lado nehum?", "Estás em casa?" - perguntas sacramentais e com muito espanto. Eu explico, realmente não há aqui nenhum desperdício de tempo ou de férias. Eu ADORO a minha casa, amo genuinamente estar no meu reino, no meu ninho. E passo tão pouco tempo aqui.. por isso nas férias, nestas férias assim quase a despropósito, fico mesmo a curtir a minha casa. E gosto!
Por isso sim, fico em casa e não, não vou para lado nenhum. Estou tão bem aqui!

26 setembro 2005

Gatos

O meu gato é um amor, adoro-o. Já não sei viver sem aquele pestinha preto. Mas de vez em quando a minha paciência é severamente posta à prova. Como hoje.

Cinco e meia da manhã e ouço um barulho de coisas a cair. Acendo a luz e está o Sr. Ónix empoleirado em cima do monitor – tendo derrubado tudo à sua passagem.
Admoestação verbal e física – na forma de uma bela palmada. Apago a luz. Nem dois minutos depois, mais um barulho, ligeiramente diferente. Acendo a luz mais uma vez, para encontrar a peste no mesmo poleiro. Desta vez o percurso tinha sido outro, derrubando mais coisas à passagem. Admoestação mais intensa. Expulsão do quarto.
Assim que apago a luz, para tentar dormir o pouco tempo que me resta até ao despertador tocar, começa a serenata. Que afinado mia o meu gato!
Pena é ser alto... e ser madrugada. Desisto, abro a porta, ponho tudo o que parece derrubável no chão e enfio a cabeça debaixo da almofada. Agora quer brincar. Comigo. Salta por cima de mim, mordisca-me os pés, dá pancadinhas com as patas na minha cara...
Agora tenho sede... raios! Corro à cozinha e bebo um copo de água. Pouso o copo e corro de volta para a cama.
Seis menos um quarto. O gato ficou na cozinha a comer, parece que vou ter sossego. Adormeço. Barulho de algo a partir em grande estilo. O copo! Corro para a cozinha, varro os vidros, rogo uma praga ao gato que juro que se está a rir.Volto para a cama. Agora vem-me ronronar ao ouvido. Que riqueza. Pena é soar como um cortador de relva mal afiado. Sossego, enfim. Seis e vinte. Oh joy! Dez minutos para o despertador...

19 setembro 2005

Paixões

Há paixões tão intensas que tempo nenhum apaga... uma das minhas é Legião Urbana. As músicas são deliciosas, mas as letras... grande, grande Renato Russo. Onde estiveres continuas a inspirar-me. Obrigada.

Andrea Doria

Às vezes parecia que, de tanto acreditar
Em tudo que achávamos tão certo,
Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais:
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro.

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente,
Quase parecendo te ferir.

Não queria te ver assim -
Quero a tua força como era antes.
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada.

Às vezes parecia que era só improvisar
E o mundo então seria um livro aberto,
Até chegar o dia em que tentamos ter demais,
Vendendo fácil o que não tinha preço.

Eu sei - é tudo sem sentido.
Quero ter alguém com quem conversar,
Alguém que depois não use o que eu disse
Contra mim.

Nada mais vai me ferir.
É que já me acostumei
Com a estrada errada que eu segui
E com a minha própria lei.

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais,
como sei que tens também...

Do amor


Eu sou assim mesmo.
Amo com tudo, vou de cabeça, vivo o amor como se o dia seguinte fosse o último. Sou intensamente feliz quando há retorno, feliz de fazer o trânsito parar com uma dança no meio da rua, feliz de cantar da janela do carro para quem passa, feliz de vestir cor-de-laranja e saltitar à chuva, feliz assim...
Há não muito tempo fui feliz assim... assim e mais. Porque era ELE, o especial, a alma gémea. Em pouco tempo fiz o filme todo, vivi a vida até ser velhinha e partilharmos tudo: casa, filhos, sonhos, planos, viagens...vida. Demorei a perceber que era só meu o sonho, que era só minha a vida e a felicidade saltitante.
E depois vem o cinzento, as lágrimas, a tristeza tão profunda que parece agarrar-se ao fundinho do coração. E aí tudo perde a cor, tudo perde o sentido.
E desta vez foi assim... assim e mais. Porque o amor da nossa vida, quando morre, é uma perda imensa, que leva tudo, que destrói todos os sorrisos. E vesti preto, cinzento... e chorei pelas ruas sem chuva – nem a chuva veio este ano camuflar as minhas lágrimas.
Recupera-se... o tempo cura tudo. Mas o meu amor não volta a ser igual.
É pena.

14 setembro 2005

Prazeres de Outono


foto Kevin Thom

As folhas que se quebram debaixo dos nossos passos, com aquele som e cheiro inconfundíveis... o aconchego do cachecol e da camisola quentinha... tardes de filmes lamechas cobertos por mantas aos quadrados, acompanhados de chocolate quente e bolachinhas... chá, muito chá, quentinho, fumegante... nostalgias de regresso às aulas - não resisto a comprar um lápis, um caderno, qualquer coisa - memórias de cadernos a estrear... o barulho delicioso da chuva a cair quando se está quentinho na cama e não se tem que sair... a lareira acesa... a vontade que seja Natal...

ah...o Outono...

13 setembro 2005

Bem à primeira

“Toda a gente merece uma segunda oportunidade”
E nós, seres humanos falíveis, agarramo-nos a essa segunda oportunidade como seguro da primeira. O pior é que o fazemos também como desculpa para não darmos o melhor à primeira. Fazemos as coisas como meros ensaios, porque à segunda é que vai ser a sério. E quem sabe não haverá também uma terceira?
Proponho uma abordagem diferente: e que tal apostarmos em fazer as coisas bem à primeira, não esperarmos pela segunda oportunidade, muito menos pela terceira?
Viver, trabalhar, amar com a solenidade das coisas únicas e importantes. Dar o melhor sempre, à primeira, como se essa fosse realmente a única oportunidade.

07 setembro 2005

Olhar o céu

Esta manhã a Natureza presenteou-me com um daqueles cenários de tirar a respiração. O céu ao amanhecer, depois de um dia de chuva com nuvens cor de rosa entrecortadas por um azul estonteante. Uma luz repleta de promessas de um dia glorioso. Assim vale a pena acordar de manhã cedo.
Assim vale a pena levantar os olhos para o céu, admirar simplesmente a grandeza do que é belo. Esquecer por algum tempo o caminho a percorrer, admirar o que nos transcende e sorrir.
Tenham um bom dia!

06 setembro 2005

Caminhos antigos

Estive a ler coisas antigas que escrevi. Tenho a tendência de escrever coisas tristes, parece que a inspiração aparece quando me sinto menos feliz.
Encontrei este texto e resolvi partilha-lo:

Dizem-me “esquece”… mas não sabem o que dizem…
Dizem-me “esquece” porque não conhecem a doçura do teu beijo, a suavidade do teu toque…
Dizem-me “esquece” porque nunca viram o brilho dos teus olhos quando acordas, o sorriso que fazes quando estás genuinamente feliz…
Dizem-me “esquece”… mas não sabem o que dizem…
Como se dizer bastasse para apagar as memórias e as esperanças. Como se uma palavra fosse lavar do meu peito este amor enorme que me enche, me consome, me domina, me faz quem sou…
Dizem-me “esquece”… e não percebem que mais depressa me esqueço de quem sou…
Não sabem o que dizem…

05 setembro 2005

Excerto de "O Principezinho"


“E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu educadamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o princípe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um menino inteiramente igual a cem mil outros meninos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...
Mas a raposa voltou à sua ideia:
- A minha vida é monótona. E por isso eu aborreço-me um pouco. Mas se tu me cativas, a minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros fazem-me entrar debaixo da terra. O teu chamar-me-á para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo que é dourado lembrar-me-á de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o príncipe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- Nós só conhecemos bem as coisas que cativamos, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens já não têm amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas"

Antoine de Saint-Exupéry

02 setembro 2005

Behaviour breeds behaviour


E não é que é verdade, mesmo?
Aprende-se nas aulas de comunicação esta pequena máxima - comportamento gera comportamento - e a vida encarrega-se de demonstrar a sua veracidade.

Sinto-me bem, alegre. Parece que saí de um sonho mau ou de um quarto escuro. Sou EU outra vez, alegre, energética. E que bom é ser eu!
A boa disposição contagia, gera boa disposição. Um sorriso faz maravilhas, uma piada e uma palavra positiva fazem verdadeiros milagres.

Só me resta agradecer, em jeito de entrega dos Óscares, àqueles que sempre suportaram o menos bom, as tristezas, as lágrimas - aos Amigos.

01 setembro 2005

Passos maiores que as pernas

Tenho a mania de tomar decisões. É quase um vício. E não estou a falar em decidir o que vou vestir ou a comida da cantina. São mesmo decisões grandiosas, de mudar a vida e o destino.
E claro que na sua grande maioria, destinadas a falhar na sua concretização.
Onde falha? No início, claro. Na essência. Tentar dar passos enormes nessa ânsia de andar em frente o mais rapidamente possível. A ambição é boa... mas muito pouco realista.
Note to self: pensar dez vezes antes de "tomar decisões para todo o sempre"

29 agosto 2005

Pegadas na areia


Há dias assim...
Acordamos de manhã com a sensação de sermos poderosos. O mundo parece uma faixa de areia à nossa frente, virgem de pegadas - pronta a receber a nossa marca única.
Efémera? Talvez... há sempre uma onda que apaga o nosso rasto. Podemos vê-la como a destruição do que foi, mas hoje prefiro olha-la como uma oportunidade de caminhar outra vez, experimentar o prazer de cada pegada como se fosse a primeira.
E como é bom sentir a areia molhada debaixo dos pés!

27 agosto 2005

Carinhos


Fim de semana!
Quando se caminha sozinha, os fins de semana são quase sempre agridoces.
Mas hoje o meu gato está particularmente carinhoso. Só tenho esta fotografia para partilhar, tirada quando ainda era muito pequenino.

26 agosto 2005

Primeiros passos


Uma amiga muito querida acha que "as pessoas andam para os lados, em vez de andar para a frente". E tem razão.
Estes são os meus primeiros passos nessa caminhada para a frente.

O caminho faz-se ao andar

De Antonio Machado,

"Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar."