29 novembro 2005

Porto



O Porto é uma cidade mágica.

Muitos dizem que é suja, cinzenta... mas não. A cidade esconde-se de quem não a merece ver, apreciar. Quando viajo deixa-me saudades, quando regresso abraça-me na sua beleza dura, no seu encanto eterno.

Olhar o Porto é perder-me na história, na raça, na força que representa. E o meu coração salta um batimento de cada vez que sinto a energia desta cidade linda, linda...

Sou uma portuense apaixonada pelo seu Porto. E é uma paixão para a vida!



25 novembro 2005

Aconchegos

O colo da mamã

O meu sofá com uma manta quentinha

A minha cama

O ronronar do meu gato

A mão do papá na minha nuca

Pantufas, de todas as cores e feitios

Uma caneca de chá bem quente

Um abraço do meu irmão

Uma gargalhada da minha amiga mais querida

O sol de inverno numa esplanada abrigada

Tu.


24 novembro 2005

Cheiros deliciosos

De lápis de cera

De mar

De café

De torradas

De cebola a frigir em azeite

De bebé

De maçãs a amadurecer na casa da aldeia

De figueiras

De fumeiro

De praia

De livros novos

De bolo quente

De terra molhada pela chuva

De ti.


21 novembro 2005

Do avesso

Acordo à hora do costume… 6 e meia. Só que hoje me parece meia noite porque dormi pouco e mal. Não consigo por as lentes, obviamente. Café, muito, senão adormeço ao volante. Fico enjoada, já não estou habituada a café de manhãzinha. Viagem chata, com chuva, frio, e a rádio não ajuda nada. No trabalho nada funciona. Não posso trabalhar porque o servidor, coitadinho, deve estar de greve. O dia arrasta-se e só ainda está a meio. E eu com tanto que fazer. Cinzenta, mal disposta, triste. É o tempo, cinzento, mal disposto, triste. E nunca mais são 6 horas...

18 novembro 2005

Memórias

Quando era pequenina tinha uma manta. Era vermelha, com uma fita de seda azul escuro a debruar. Quentinha. Andava comigo para todo o lado, não adormecia sem ser debaixo da minha manta. Mesmo que estivessem 40º. Era o meu escudo... e além disso aprendi a passar o interior do dedo anelar pela fita de seda, devagarinho. Àquela sensação de cócegas eu chamava “riscar”.

Às vezes tenho saudades da manta. Tenho saudades de riscar. Era o meu mundinho seguro e eu dormia tão bem!

17 novembro 2005

Wishlist


Lista de desejos... pode ser que alguém se inspire... hihihi

- Mobília de sala de jantar
- Mary Janes novas
- Tijelas coloridas
- Meias de riscas
- Ida ao cinema ver o novo Harry Potter
- Candeeiro para a cozinha
- Monitor novo
- Manta grande e quentinha para tere no sofá
- Rolo da massa
- Um jantar a dois (esta é só para uma pessoa)

16 novembro 2005

Pensamento do dia

Os papagaios de papel sobem contra o vento, não a favor.

11 novembro 2005

Mental note


Reforçar o stock de meias às riscas e comprar umas Mary Jane's novas. Porque gosto.

09 novembro 2005

O Batô

No Sábado passado fui ao Batô. Casa mítica, velhinha, quase imutável desde que me lembro de sair à noite.

Onde mais se pode ouvir Violent Femmes, The Smiths, Pearl Jam, The Cure, Nirvana... mas também Kaiser Chiefs, Chemical Brothers, Gorillaz? Pois, em sítio nenhum.

Só mesmo no velho e bom Batô.

Sou cliente há quase 14 anos, fui lá quando fiz 16 anos, fui lá no dia em que entrei para a faculdade, fui lá quando terminei a faculdade. Faz parte da minha história.

E eu faço também um bocadinho parte da história do barco. Se procurarem na página, até apareço numa foto!

Espero que continue a ser um lugar de quase peregrinação na minha vida.

08 novembro 2005

Dores de costas


E de repente um movimento normal faz disparar aquele raio. A perna prende, os pulmões perdem subitamente o ar. Dói.
A minha coluna dá sinal de si. Ao fim de 3 anos de tréguas, as malvadas vértebras da minha zona lombar resolveram mostrar-me que estão cá, estão tortas e querem atenção.

Dói.

07 novembro 2005

I wish


Era bom se fosse assim hoje, não era?

04 novembro 2005

Pai


Fins de tarde de Novembro.

A minha memória viaja mais de vinte anos, aos dias em que me ias buscar à aula de Inglês e esperávamos pelo meu mano. Sou transportada a um mar de sensações, de cores, de cheiros.

A minha mão pequenina na tua, sempre tão quentinha.

Os meus passos quase saltados para acompanhar os teus, calmos, em passeio.

Vestias-te sempre tão bem – ainda vestes – um fato, uma gravata sempre bonita.

E passeávamos na rua. Víamos os carros, as montras.

Cheiro de castanhas a assar, dos escapes dos automóveis, dos bolos e do pão quentinhos a sair na padaria da esquina.

E eu falava quase sem parar... e tu respondias sempre. Não tenho uma única memória de não teres paciência. Deve ter havido alguns momentos desses, não? Não foram importantes...

Era a menina do papá. Ainda sou. E vou ser sempre.

Obrigada

03 novembro 2005

Galochas


Hoje sabiam bem umas galochas. Para poder chapinhar à vontade lá fora.


Pronto, não serão as Colibri verdes com olhos de sapo. Mas são lindas. E não entra água!


02 novembro 2005

Cores

E quando de repente é tudo cor-de-rosa, ou amarelo, ou laranja?

E quando de repente o arco-iris toma conta de nós?

E se hoje fosse assim?