Memórias
Quando era pequenina tinha uma manta. Era vermelha, com uma fita de seda azul escuro a debruar. Quentinha. Andava comigo para todo o lado, não adormecia sem ser debaixo da minha manta. Mesmo que estivessem 40º. Era o meu escudo... e além disso aprendi a passar o interior do dedo anelar pela fita de seda, devagarinho. Àquela sensação de cócegas eu chamava “riscar”.
Às vezes tenho saudades da manta. Tenho saudades de riscar. Era o meu mundinho seguro e eu dormia tão bem!
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