26 fevereiro 2006

Mais uma vez..

...tenho que andar em frente. Levantar-me do chão para onde fui empurrada, sacudir a poeira, tratar das feridas evidentes e das menos evidentes. E andar para a frente.
Só que cada vez dói mais, cada vez custa mais levantar-me do chão.
Onde vou buscar a força? A força que todos me tomam como detentora.
Não sou forte, convençam-se... não sou. Posso parecer mas a cada rasteira emocional fico mais fraca, fica mais difícil reunir a coragem e a força.

Não me batam mais, pode ser?

23 fevereiro 2006

Contagiada

Também eu fui contagiada pela corrente, e apesar de não a passar à frente, cá vão as minhas respostas:

5 traços de personalidade:

1. É-me muitíssimo difícil lidar com o fracasso
2. Sou muito chorona, choro de alegria, tristeza, raiva, emoção etc, etc.
3. Detesto o “médio”, prefiro passar do muito bom ao muito mau – com evidentes problemas em lidar com a montanha russa emocional
4. Gosto de estar sozinha, mas não gosto de me sentir sozinha
5. Adoro alimentar toda a gente, dá-me imenso prazer ter um monte de gente a comer os meus cozinhados lá em casa


5 hábitos estranhos:

1. Faço flores de miolo de pão quando estou muito tempo à mesa
2. Leio os jornais e revistas de trás para a frente, a começar da última página
3. Quando como carne com puré, faço um monte com o puré e escondo a carne em pedacinhos lá dentro
4. Não consigo dormir com um pé ou uma mão penduradas para fora do colchão
5. Falo sozinha, especialmente no carro

21 fevereiro 2006

Receita de lasanha

Diz quem já provou que é uma das minhas especialidades. Como gosto de partilhar as coisas boas, cá vai a receita. Espero que gostem!

Lasanha mista da Kukas

Ingredientes:

Lasanha fresca (Rana ou outra marca qualquer)
Carne picada magra
Chouriço picado
Espinafres
Cogumelos
Courgettes
Pimentos amarelos, laranja, vermelhos
Tomate em pedaços (de lata, mesmo)
Polpa de tomate
Mozarella fresca
Vinho branco
Leite
Farinha
Manteiga
Azeite
Cebola
Alho
Manjericão, orégãos, pimenta, sal, noz-moscada, picante

Execução:

Cortam-se os cogumelos, os pimentos e as courgettes em pedacinhos. Refoga-se alho em azeite, salteiam-se os legumes cortados, junta-se um pouquinho de vinho branco e tempera-se com sal, pimenta, oregãos e manjericão a gosto. Tapa-se e deixa-se estufar até ficarem macios.

Ao mesmo tempo faz-se outro refogado com alho, cebola picadinha e azeite. Quando alourar, junta-se o chouriço seguido da carne picada. Mexe-se bem até ganhar um pouco de cor. Junta-se o tomate e a polpa de tomate, bem como os espinafres já escaldados picadinhos (se forem congelados não é preciso escaldar). Tempera-se a gosto com sal, pimenta, picante, manjericão e orégãos e deixa-se estufar até apurar o molho.

Faz-se um béchamel com a manteiga, a farinha e o leite. Tempera-se com sal e noz-moscada.

Numa assadeira grande, começa-se com uma camada fina de béchamel, para n agarrar ao fundo. Forra-se com a massa – corta-se à medida, se necessário. Dispõem-se as camadas:

  • legumes
  • pedacinhos de mozarella
  • massa
  • carne com espinafres
  • pedacinhos de mozarella
  • massa
  • legumes
  • pedacinhos de mozarella
  • massa

No fim cobre-se abundantemente com o béchamel, deixando que ocupe todos os espaços. Termina-se com mais pedacinhos de mozarella. Vai ao forno quente, até ferver durante cerca de 10 minutos e gratinar a superfície.

17 fevereiro 2006

Aniversário em Abril


As coisinhas que preciso, se quiserem dar-me coisas úteis:

  • tapetes para a sala – está a compor-se, a casita... deste género
  • um candeeiro para a cozinha – daqueles super simples e gigantes
  • umas Mary Janes novas – sempre, sempre
  • um rolo da massa – continua a fazer falta
  • lentes de contacto – bem, eu disse úteis, certo? destas com –0.5 e –0.75
  • linha de produtos para rosto - destes
  • maquiagem - base (cor ivory); olhos

(já repararam que a mobília de sala, o monitor e as tigelas desapareceram da lista? Prendas de Natal!!! Tenho muita sorte, eu!)

As coisinhas de que NÃO preciso, mas que me podem dar na mesma:

  • livros - quaisquer, eu leio tudo
  • roupinha
  • sapatos
  • séries da TV em DVD: House MD, CSI, Sexo e a Cidade, John Doe... entre outros
  • uma ardósia de 1,5x 1,0m para por na cozinha a fazer de quadro de anotações
  • um jantar de sushi - está prometido, este
  • um destes

15 fevereiro 2006

Walk the Line


O filme é muito, muito bom.
Há muito tempo que não via actores num desempenho tão impressionante.
Joaquin Phoenix é Johnny Cash e Reese Witherspoon é June Carter, e quando digo “é” quero dizer que ambos encarnam os personagens de tal forma que quando as luzes se acendem ao som das verdadeiras vozes de Cash e Carter, estas soam quase erradas.
Sim, os actores cantam mesmo, muito e bem. Resulta. Definitivamente um Óscar para Joaquin Phoenix.

14 fevereiro 2006

Média

Acordei com o som frio de todos os dias. Sonhava um sonho médio, nem bom nem mau. Tão médio que foi esquecido no segundo PIII do despertador. Terça feira... um dia médio, nem bom nem mau. Nada de excitante me esperava no trabalho, nada de particularmente inovador no resto, naquilo a que chamam “vida”. Médio. Um dia médio. Nem bom nem mau.

Que saudades de acordar a meio da noite com uma voz morna. E não dormir. E ter sono no trabalho, mas o dia ser bom na mesma. Bom mesmo. Não médio.
Que saudades de sorrir sempre, mesmo com a expressão séria.
Não estou mal. Só estou média. E não gosto.

03 fevereiro 2006

Avó

Era uma mulher simples.
Pés descalços quase sempre, roupa de quem trabalha no campo. Um avental com bolsos de coisas boas. O cabelo apanhava-o sempre num puxo na base da nuca, quase sempre com pontas rebeldes a espreitarem por todo o lado. Rebeldes como o espírito dela.
As mãos marcadas dos anos, das enxadas, das escovas, das vassouras, das panelas de ferro quentes. As mãos que deviam ser ásperas, e se calhar eram... mas na minha memória são para sempre doces, meigas, quentes. Mãos que tinham ligação directa com todas as coisas vivas. As plantas, os animais, as pessoas...
Uns olhos brilhantes, com brilhos que não eram deste mundo. E um sorriso que fazia esquecer qualquer tristeza. Aquele sorriso que vestia sempre como uma bandeira.
Naquele coração enorme cabíamos todos. Filhos, netos, amigos e até inimigos. Cães, gatos, coelhos, porcos, galinhas. Flores e plantas.
Havia sempre comida para mais um, sorrisos para mais mil.
Podia ter sido a Mãe Natureza.

Para mim, era só Avó.

Sei que estás comigo, Avó, sinto-te todos os dias. Obrigada.

02 fevereiro 2006

Stress

Gosto de trabalhar em equipa. Gosto mesmo, ainda que eu tenha sempre a tendência a não conseguir delegar, com os anos aprendi a colaborar e retirar vantagens da colaboração.
Detesto ficar “pendurada” porque outra pessoa não fez a parte dela.

Por isso estou stressada... porque tenho um monte de coisas para fazer, com o tempo a escassear cada vez mais, e não há meio de desbloquear a informação a montante...

Hoje estou à beira de um ataque de nervos.