07 julho 2006

Ainda o mundial

O jogo que nos cortou o sonho foi visto entre amigos, como sempre, com todos os talismãs e mais alguns. Houve saltos, gritos, pragas e palavrões, bandeiras amarfanhadas em frente à cara - e que bonita é a vida em tons de verde e vermelho - para não ver o quase-golo dos outros...
"corre puto, jogas tão bem"
"passa! passa! egoista!"
"mas porque é que entra sempre o Pauleta"

Depois o penalti, e o tempo a correr sem parar, e a esperança a ficar pequenina e nem as orações e as promessas feitas a todos os santinhos nos puseram na final.

Mas valeu. Valeu a emoção destes dias de jogo em que o coração quase explodia. Valeu o mostrarmos ao mundo que não somos pequeninos e apagados. Estes homens mostraram um Portugal valente, de guerreiros. E os que nos chamam "fiteiros", os que incessantemente assobiaram o Cristiano Ronaldo de cada vez que ele tocou na bola - e que bem que a bola corre com aquele puto - esses não interessam nem um bocadinho.
Como não interessa aquele ser insignificantezinho que orienta a selecção francesa. É um vermezito, não interessa sequer escrever o nome dele.

E fica a imagem e os sons das pessoas que ainda assim festejaram. Que agradeceram aos jogadores e equipa técnica o orgulho que nos fizeram sentir.

E espero que quando regressarem, haja recepção apoteótica. Houve erros? Sim, claro! Mas desta vez não houve vergonhas nem casos, fomos dignos e fortes.

Mais uma vez, obrigada!

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